terça-feira, 6 de julho de 2010

Lia Wyler e a Tradução de Harry Potter


Os cinco membros da equipe se encontravam bastante ocupados com faculdade ou coisas da vida pessoal, mas agora que alguns estão entrando de férias, a frequência de posts voltará ao normal. Estamos de volta! Dessa vez, trago um texto sobre as traduções de HP, ou melhor, sobre a tradutora de HP e sua genialidade. Na coluna, falo de Lia como a típica "Lia-lover" que sou, porém tentando manter um olhar crítico (ainda que falhado, pois meu propósito não foi analisar a tradução, e sim abordar justamente as qualidades de Wyler como tradutora) para também dizer o que gostaria que fosse melhorado. Espero comentários de todos!


Uma das mais antigas polêmicas que giram em torno da série Harry Potter, pelo menos entre os fãs brasileiros, é a tradução feita por Lia Wyler: Enquanto muitos odeiam, poucos amam (e devo dizer que estou incluída neste grupo) e outra parcela se encontra indiferente.

Em vez de listar cada falha e acerto, porém, decidi "inovar" um pouquinho e fugir ao padrão dos textos que criticam as versões brasileiras dos livros, e falar porque aprecio tanto estas, falando do bom e do ruim como conseqüencia. Pois bem. Como alguns notaram, pela coluna anterior, gosto de utilizar definições exatas de dicionários, e, dessa vez, não será diferente: O texto será introduzido com o significado de tradução, para evitar possíveis equívocos decorrentes da ignorância provinda de alguns:

"Tradução é uma atividade que abrange a interpretação do significado de um texto em uma língua — o texto fonte — e a produção de um novo texto em outra língua mas que exprima o texto original da forma mais exata possível na língua destino; O texto resultante também se chama tradução."

Conforme destacado em negrito acima, "mas que exprima o texto original da forma mais exata possível", portanto isso nos leva a concluir que, inevitavelmente, ocorre uma adaptação, afinal o texto deve estar o mais parecido possível com o original e há centenas de jogos de palavras e piadas que, traduzidos da maneira literal, perdem o sentido. No caso de palavras inventadas, como "Muggle", os nomes das quatro casas de Hogwarts, "Quidditch" e - muitos - outros, digo o mesmo. Convenhamos que é muito mais interessante ler os "abrasileiramentos" de Lia do que as palavras que, apesar de soarem interessantes em países de língua inglesa, seriam incompreensíveis para os leitores daqui!

Se procurarmos um pouco sobre a tradução de HP de cada país, veremos que apenas a nossa possui adaptações como "Quadribol", "Grifinória", "Lufa-Lufa", "Sonserina" e "Corvinal", e mesmo que alguns fãs as odeiem do fundo da alma, optando até mesmo por utilizar os termos originais, eu as defendo e faço questão de usá-las, simplesmente pela genialidade e cuidado empregados por Wyler na hora de escolher cada um, e singularidade e riqueza acrescentadas à obra traduzida. "Bichento" (de "Crookshanks") é um excelente, e talvez o maior, exemplo disso, uma vez vemos traços da cultura brasileira na palavra - que é usada em determinada região do país para designar pessoas com pernas tortas -.

Na minha opinião, entre os pontos fortes de Lia estão Bichento (motivo já citado) e as casas Sonserina - talvez uma mistura de sonso e ferino - e Lufa-lufa, cuja definição no dicionário consta "agitação", característica vista em muitos membros da casa. Os nomes dos Marotos (e também o próprio nome do grupo, naturalmente), em especial Rabicho, também merecem destaque. Também é válido mencionar que o original, "Wormtail", é uma junção das palavras "worm" (verme) e "tail" (cauda). Para traduzir uma palavra com essa, é necessário saber o significado de ambas, para, enfim, juntá-las inteligentemente e criar apenas uma. Também é o caso de Grampo (grip e hook, que formam Griphook) e as "buck" e "beak" do Bicuço inglês, Buckbeak. Negativamente, eu ressalto a substituição dos "us" por "o", como em Albus/Alvo, Severus/Severo e Remus/Remo, além da permanência de Sirius. Segundo a lógica, seria coerente termos um Sírio, e, mesmo que prefira os nomes originais, sou a favor de um padrão.

Uma das críticas mais fortes por parte dos fãs vem do Apagueiro/Desiluminador, e eu diria que essa é a única que de fato me irrita, pelo simples motivo de que, nos livros em inglês, realmente temos dois termos distintos. E a explicação é bem óbvia, na verdade: No primeiro livro da série, não sabemos o nome do objeto por estarmos apenas observando a cena (pois Harry ainda é um bebê e nem se encontra presente na mesma), e ele é denominado "put-outer" (nosso "apagueiro"). Já no sétimo e final, quando Rony o recebe, lemos no testamento de Dumbledore "Deluminator". É possível notar, também, que no primeiro livro lemos "put-outer" com letras minúsculas e entre aspas, o que já indica que não é um nome "oficial".

E quanto aos títulos dos livros? Muitos têm problemas com os do segundo e do sexto (enquanto eu prefiro apreciar o do sétimo), que traduzidos literalmente seriam "A Câmara dos Segredos" e "O Príncipe Mestiço". Não sei se sou a única a recordar, mas, em Câmara Secreta, em certas passagens, a câmara é referida como Câmara dos Segredos, enquanto, em Enigma do Príncipe, o príncipe é conhecido como Príncipe Mestiço. E quem disse que não fazem sentido, os títulos?! A câmara podia guardar segredos, mas não deixa de ser secreta! E, afinal de contas, o tal príncipe não é um enigma? Ninguém sabia sua verdadeira identidade. Então, contrariando a grande massa, afirmo com toda a certeza que, em português, prefiro os títulos "Wylerianos".

Talvez eu tenha acabado de ressuscitar uma polêmica antiga, não sei. Deixei passar muita coisa, como o James/Tiago e nosso "Jerry" Potter do sexto livro, e até mesmo variações de nomes de livro para livro, como Cátia/Katie e Quim/Kingsley, trocadilhos e jogos de palavras e erros em geral (os quais, em sua maioria, atribuo mais à edição dos livros do que a própria tradutora) mas suponho que minha intenção tenha ficado bem clara: Um texto falando sobre a genialidade de Lia Wyler com poucos exemplos, buscando convencer alguns de que suas traduções são coerentes e interessantes. E, para os que argumentam com o velho "isso é tão 'nada a ver'", eu só digo uma palavra: Pesquise.



ATUALIZADO: Enviamos mais e-mails a Lia Wyler, e ela nos esclareceu algumas dúvidas, que estão logo abaixo!

> Sirius ou Sírio? "A rigor todos os nomes latinos sofreriam a alteração us> o, comum na língua portuguesa. Muitos leitores raclamaram e a editora resolveu atendê-los pela metade. Sírius, no entanto, é o nome de uma estrela brilhante conhecida por esse nome em português. Fiquei na dúvida, porque já alterara os anteriores, mas decidi por mantê-lo. "

> Tom Riddle e Jerry Potter? "Jerry foi erro grosseiro de digitação e não devia ter sucitado nenhuma polêmica."

> Uma possível explicação para críticas negativas? "Um outro fator que contribuiu para certa confusão foi os leitores paulistas que sabem muito ou algum inglês terem lido a obra em inglês americano, desconhecendo que essa edição sofreu várias alterações para tornar a obra mais inteligível nos Estados Unidos. A propósito os britânicos se vingaram dizendo que o título A pedra Filosofal na América foi trocado para The Sorcerer´'s Stone, porque nos Estados Unidos não há filósofos)."



ATUALIZADO 2: O membro da equipe Daniel, que cursa Letras, foi considerado mais apto a pensar e enviar mais algumas dúvidas a Lia. Seguem as perguntas e respostas:

Daniel: Em Cálice de Fogo, no episódio da terceira tarefa do Torneio Tribruxo, a tradução brasileira traz uma resolução diferente ao enigma da esfinge que protege a Taça-prêmio: ararambóia. Foi a melhor opção pra nossa língua? O tradutor pode então mudar um enigma? Por que não 'aranha'?

Lia: Às vezes em tradução não se leva em conta apenas o trecho a ser traduzido,
mas o que veio antes e o que vem depois. Uma vez que fui obrigada a mudar o enigma – consulte a p. 500 da edição da Rocco – fui obrigada a mudar igualmente a solução.

Não sei como os meus colegas lidaram com o enigma em inglês que fazia alusão
a um espião. Não posso traduzir a palavra “spy” que inicia o enigma para ter
como resultado “spider”, logo, mudo o enigma. Ararambóia é algo que ninguém
beijaria – veja o significado no dicionário. O importante não é o continente, mas o conteúdo, no caso o fato descrito -- Harry Potter foi capaz de decifrar o enigma proposto pela Esfinge.

Daniel: Como J.K Rowling auxiliava nas traduções? Ela certamente tem grande conhecimento na área, pela sua formação, e mesmo no português por ter lecionado em Portugal; mas ela dava dicas como alguma bibliografia para as etimologias na onomástica e topografia, por exemplo? O trabalho de pesquisa em relação às referências clássicas é difícil?

Lia: Ela não me auxiliava nas traduções, mas no início, quando lhe pedi permissão para traduzir os significados recebi uma longa lista de nomes perguntando qual a equivalência que lhes daria. A autora aprovou o meu currículo e as minhas respostas. A partir do terceiro ou quarto volume apareceu na Internet um site que respondia às dúvidas de tradutores e leitores dando a etimologia dos termos usados por J.K. Rowling, mas por questão de direitos autorais foi retirado do ar. A queixa da falta de auxílio aos tradutores é mundial e tivemos ocasião de discutir isso na reunião que a UNESCO organizou em Paris para os que contribuíram para o sucesso da saga. A pesquisa clássica não foi difícil, cheguei mesmo a traduzir um texto de Ésquilo. Há amplo material sobre os clássicos em todos os idiomas.

Daniel: A variação linguística dos falares mais “populares” ou “caipiras” como o de Hagrid foi transmitida?

Lia: O falar de Hagrid não foi traduzido por decisão da tradutora e da editora. A
razão? Que falar o Hagrid deveria usar? O do favelado carioca, o do caipira paulista ou mineiro, o do nordestino, o do marginal? Isso seria um desvirtuamento do personagem que em vez de ser um “rústico” inglês entraria em crise existencial falaria um patuá alheio ao seu ambiente.

Daniel: O trabalho de revisão na editora deveria ser mais cuidadoso, no caso de erros de digitação? Até onde a ortografia gramaticalmente à risca é culpa do tradutor?

Lia: Não sei se entendi sua pergunta, mas vou responder o que entendi. Realmente deveria ser mais cuidadoso e isso seria possível se as editoras recebessem o material com antecedência e não fossem pressionadas a lançar os livros da série na mesma data – ou quase -- no mundo inteiro. A ortografia e a correção gramatical são responsabilidade dos revisores que trabalham na editora.

Daniel: Uma questão frequentemente levantada é a consulta de variadas traduções (em outros idiomas) para achar a melhor saída em algum dilema. Na literatura contemporânea isso também ocorre? Com HP você manteve contato com mais tradutores?

Lia: Os tradutores da série Harry Potter mantiveram contado através de uma lista de discussão reservada, mas não interferiam nas escolhas feitas pelos indivíduos, uma vez que as premissas que adotaram diferiam de país para país.



ATUALIZADO 3: A Paty selecionou mais dúvidas, algumas das quais surgidas nos comentários deste post, e hoje Lia respondeu ao e-mail. As perguntas e respostas se encontram abaixo, no mesmo esquema que a atualização anterior:

Patrícia: Foi colocado por alguns comentaristas que os nomes "Uón Uón" e
"Moliuóli" não exprimem o exato significado das expressões em inglês, sendo
uma tradução mais sonoro. A meu ver são palavras que transmitem um valor ao
contexto em que estão inseridas, causando vergonha em Rony e Molly Weasley,
no caso. Imagino que estas traduções sejam muito difíceis de realizar, pois
estão ligadas aos trocadilhos que J.K. Rowling espalha por toda a série,
como você optou por essas escolhas?

Lia: Quando um tradutor esgota todas as possibilidades de traduzir os jogos de
palavras ele precisa manter a intenção óbvia do autor. No caso que você cita, ressalto o ridículo dos apelidos carinhosos que só não são ridículos para os envolvidos. A família e os amigos se absteem de repeti-los. Daí o recurso à tradução sonora como fiz em outros trechos. No caso do rock-roque por exemplo.

Não são opções fáceis e o tempo é muito curto. Às vezes me ocorrem no dia seguinte quando acordo. Claro que recorro ao acervo de informações em inglês e português que acumulei fora da escola durante a vida.

Patrícia: Em discussões sobre traduções, alguns dos argumentos mais usados questionando o trabalho feito de Harry Potter são a tradução de Plataforma nove e meio e o título do sexto livro da série. Acredito serem mudanças aplicadas por uma questão cultural e que em nada afeta a trama da saga, você
poderia nos explicar um pouco sobre estas escolhas?

Lia: O caso da Plataforma 9 ½ se enquadra no argumento que usei acima. A intenção
óbvia aí era numerar uma plataforma intermediária que só existe para um
bruxo, e só pode ser inteiramente entendida se pensarmos em uma criança de
9-12 anos para quem foi escrito o livro. De 9 a 12 anos uma criança ainda
não cristalizou o conhecimento de frações, e tampouco usa “quarto” na
acepção que é entendida e usada pela criança inglesa. Foi portanto uma
tradução cultural. Veja quantos significados você própria – não sei que
idade tem – conhece para a palavra “quarto”. Expliquei isso há 10 anos
quando o primeiro volume foi lançado, mas os leitores continuam a discordar
da minha opção. Cada cabeça uma sentença, certo?

Quanto ao título do sexto livro ele foi escolhido pela própria Rowling entre
três opções que os tradutores apresentaram. Aparentemente ela concordou
comigo que a identidade do tal príncipe permeava toda a trama, portanto, era
o grande enigma a ser decifrado.

A palavra “bastardo”, que no Brasil só era usada historicamente, não se
aplica na sociedade contemporânea. Etnicamente mestiços somos todos nós
brasileiros. Quanto à palavra mestiço aplicada aos os impuros de sangue,
acho que nem vale a pena discutir.

Patrícia: A escolha de Servolo substituindo Marvolo serviu perfeitamente
para manter o jogo de palavras, mas existiu algum outro motivo para esta
escolha? E em relação a tradução de "Kreacher" para Monstro, como aconteceu?

Lia: Os tradutores do mundo inteiro – 68 – tiveram que mudar o nome do meio do
bruxo. Escolhi Márvolo [Servolo]. Quanto a Kreacher que foneticamente pode ser
entendido como “creature”. Eu podia escolher fera, bicho, monstro que é o
caso dele em minha opinião (tradutor também tem preferências). É claro que
você pode pensar como o Dumbledore e justificar a revolta do Monstro, mas eu
não sou personagem...

Patrícia: E por fim, o assunto mais recorrente na discussão foi a
desvalorização da nossa língua, que faz com que muitos fãs brasileiros não
enxerguem com bons olhos a tradução nacional, pois valorizam muito o idioma
inglês. Como você vê esta questão?

Lia: Veja a desvalorização com muita tristeza. Um mundo globalizado para mim
significa que os produtos culturas de cada país são apreciados e divulgados
pelas potências hegemônicas tal como são. Não significa pasteurização. Eu
entendo que o indivíduo colonizado ache a cultura hegemônica mais atraente e
queira a ela pertencer, mas acho isso uma relação muito parecida com a do
torturador e do torturado. Você faz o jogo do dominador, abre mão do que
pensa, mas jamais será considerado um igual.

65 comentários:

  1. Concordo que a Lia Wyler tenha sido uma boa escolha para a tradução brasileira de Relíquias da Morte; de fato, ela se preocupa com a manutenção dos trocadilhos, tentando adaptá-los à nossa língua. Além de que acho que manteve muito bem o estilo da J.K. na tradução brasileira. Ela tem sacadas geniais, dentre as quais destaco Marotos, Quadribol e Servolo.

    Mas eu consigo apontar falhas no trabalho que, ao contrário do que dizem, não são apenas da edição dos livros. O material que vai para a edição é aquele que Lia já traduziu, então ela errou e os responsáveis pela edição deixaram o erro passar.

    O exemplo mais clássico é Harry ser chamado de Jerry. Claro que erros de digitação podem acontecer; errar é humano. Mas é o personagem principal! Ela errar o nome de Harry e depois os editores não repararem isso, é um erro incrível de se deixar passar. Óbvio que não faz tanta diferença, mas está lá.

    Cátia/Katie, Quim/Kingsley, Cabeça de Javali/Hog's Head, que já apareceram nessas diferentes versões nos livros em português, também aponta para um pouco de desatenção.

    Não tenho problema quanto a James/Tiago (embora eu preferia o original; mas já que ela traduz nomes, então esse tinha de ser traduzido também). Mas acho tenso que o pai de Harry já tenha sido chamado de James Potter e Harry de Harry Tiago Potter; ou traduz os dois, ou não traduz nenhum! :X

    "Observatório Potter" é algo que me irrita. Potter Watch, no original, passa a idéia de vigília, acompanhamento... não de um observatório. Até "Rádio Potter" faria mais sentido, ao meu ver, do que "Observatório Potter", que soa horrível.

    Sei que não tinha como manter a genialidade da J.K. no nome "Kreacher", mas a sua tradução para Monstro sempre me deixou puto. Monstro soa tão... infantil! Eu até preferia que fosse mantido o original, já que colocando simplesmente "Monstro" as pessoas não vão nem sonhar o trocadilho que a J.K. fez, enquanto que se fosse "Kreacher", seria possível notá-lo.

    Não entendo também porque Plataforma 9 e Três Quartos virou 9 e meia. É uma mudança sem propósito.

    Tem também a coisa de a revelação de Aragogue sobre uma aluna ter morrido no banheiro não ter sido incluída na versão brasileira de Câmara Secreta! Isso é um erro tão bárbaro de Lia e da edição! Quando li a primeira vez, aos 12 anos, fiquei folheando o livro em busca da informação que Harry "conheceu por inspiração divina".

    Por mais que a origem do nome Gellert, do Gellert Grindelwald, remeta a algo como Gerard, ela poderia ter colocado Geraldo (podre) e não Gerardo!!! Gerardo = Geraldo dito por alguém da zona rural (e olhe lá!). Isso é tenso, na moral. Jaquito também é de partir o coração.

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  2. E quanto aos títulos dos livros:

    - Harry Potter and the Chamber of Secrets: significa Harry Potter e a Câmara dos Segredos, mas devo dizer que prefiro a tradução da Lia, Câmara Secreta. Afinal, se sabe muita coisa sobre a Câmara, o problema é encontrá-la! Mas, se você vir pela tradução, tradução mesmo, também tá errado. Embora eu prefira a versão brasileira.

    - Harry Potter and the Half-Blood Prince: os fãs que acompanharam as dificuldade de traduzir esse título (eu acompanhei!) devem ter chegado à conclusão que Lia não traduziu "Príncipe Mestiço" só pra implicar!

    Quando saiu o título em inglês, os fãs logo traduziram Harry Potter e o Príncipe Mestiço. Mas aí a Lia veio com uma história que de que não existe isso de "mestiço" (mesmo ela já tendo usado esse termo nos livros!), que somos todos humanos, não é um misto de duas raças. Mas que se o Príncipe tivesse sido gerado dentro do casamento era um nome (que eu não recordo!) e que se fosse fora do casamento era "Príncipe Bastardo"! O que diabos isso tem a ver?

    Aí, como sabemos, "Prince" foi mais uma jogada de mestre da J.K. e alguns podem dizer "mas ela não pôs 'Príncipe Mestiço' por conta do trocadilho". Sim, mas o trocadilho é com a palavra Príncipe, não com "Mestiço" e Príncipe está no título brasileiro... Enigma do Príncipe! O correto era ser Príncipe Mestiço... eu demorei muito a me adaptar com o título da Lia, mas finalmente consegui. Embora não haja "enigma" sobre um príncipe. Há um mistério, uma dúvida sobre quem seja, não um enigma.

    E, naturalmente, Relíquias da Morte foi um bom título, isso não podemos negar. Principalmente quando você lembra que em Portugal é "Talismãs da Morte" #morri.

    Ah, me lembrei agora de um trecho do HP6, também... n'A Toca, antes de irem para o Beco Diagonal, que o Gui traz o dinheiro do Harry... o Rony pergunta "Cadê o meu?" e Gui responde "Este é para o Harry, idiota"... mas na tradução da Lia ficou "Já está com o Harry, idiota". OK, isso não vai mudar nada na história, mas é um erro bobo. E "Moliúoli" nunca terá o mesmo efeito de "mollywobbles", sorry... assim como "Won Won", virando "Uón Uón".

    Enfim, eu não odeio a Lia. Não mesmo. Acho que ela tem muitos acertos, muitas sacadas legais. Mas esses erros que eu listei se sobressaem e devem ser lembrados. Mas, claro, ninguém é perfeito.

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  3. Ah, sem falar no "bicho-papão" que não é bicho-papão e no vampiro do sótão (e de pijamas) que não é vampiro.

    Aaaaah, ia esquecendo dos "pô" inexistentes na obra original, dos "colegas" que o Rony fala que me deixam puto, e do "chapou-lhe" um beijo no momento romântico mais esperado dos livros. Como assim "chapou-lhe", Lia? Tenha dó. "Kiss him full on the mouth" é muito diferente de "Chapou-lhe".

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  4. Bem, traduzir algo é sempre uma tarefa complicada. Tem piadas, trocadilhos, que são difíceis, talvez impossíveis, de serem traduzidas.
    A Lia é uma boa tradutora, sim, como já foi dito em outros comentários, mas tem certas coisas que são realmente motivo de vergonha por estarem erradas. Errar é humano, mas revisar não custa!
    O melhor mesmo é ler no original, mas, infelizmente, meu Inglês ainda não é tão bom... Um dia eu chego lá!

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  5. E vem a portuga comentar de algo que nem tem nada a ver. -q

    A nossa tradução é feita por uma equipe de 7 pessoas, por isso tudo é revisto ao pormenor. Não temos nomes traduzidos, porque aqui temos o costume de deixar o que é original, sendo estrangeiro ou não.

    Apesar de eu rir cada vez que vejo um desses nomes traduzidos [Como navego na internet e falo com muitos fãs brasileiros - são os únicos fãs de HP com quem eu falo, na verdade - aprendi quase todos os termos, porque é muito melhor comunicar assim -q], acho que têm fundamento na sua tradução; Fazem sentido. Claro que alguns ficaram rídiculos, não fazem sentido ou não seguem um determinado padrão.

    Mas uma pessoa realmente não é perfeita.

    Aqui as tradutoras nem têm razão para não serem perfeitas, são SETE. [apesar de Pau da Morte ser a citação mais terrível do mundo e poderiam ter poupado o Ollivander de tal idiotice.}

    Pelo que já debati sobre esse assunto [A principio era da opinião que era rídiculo traduzir nomes estrangeiros, fosse pelo que fosse], também percebo que faz mais sentido para alguns se os nomes estiverem adaptados para a própria lingua.


    Aqui, apenas não faz sentido, não sei se porque estamos habituados a linguas estrangeiras desde pequenos ou porque achamos desnecessário.

    Por último, se têm tantos problemas quanto a essas traduções, têm bom remédio: Aprendam a ler inglês e procurem os originais.

    E falei falei falei e vou embora antes que alguém solte pedras -qzão

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  6. Simplóriamente falando achei extremamente acertada a tradução de nomes e afins, pois, quando a Lia recebeu o original ela tinha em mente que se tratava de um livro infantil. E independente da sua opinião progressista sobre a importância do inglês, as crianças devem primeiro se acostumarem com nossa cultura.

    E essa simples explicação que define o fato de falarmos Branca de Neve e não Snow White.

    Porém os erros de tradução apontados pelo Flávio são grosseiros, já os de digitação é culpa da editora que não fez o padrão e tradicional processo de revisão ortográfica e editorial. E vejo que esse processo está cada vez mais de lado... isso é triste, já que livros sempre foram referencia para o aprendizado do idioma.
    PS.: Não concordo sobre Won Won ser Melhor que Uón Uón.

    PS2.: Há algumas contradições no texto, Caroleta.

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  7. Adoro esse tema, por mais desgastado que seja, euhehuehehueheeuhuehehueheheu

    Comecei a ler os livros bem novinha, então nunca senti realmente essas faltas na tradução, porque demorei para conhecer os termos originais. Aí, até que eu descobrisse que Bichento era na verdade Crookskanks, e já havia acostumado com os nossos termos, então nunca foi uma grande decepção para mim. Tantos que os piores erros, na minha opinião, estão nos últimos livros, nos quais eu tive o conhecimento de todos os termos originais antes.

    Compreendo que alguns erros poderiam ser evitados, e nem vou citá-los, o Flávio já citou os que eu tinha em mente (não que eu concorde com todos os exemplos), mas acho que nenhum deles é motivo para alguém dizer que odeia, REALMENTE odeia Lia Wyler. Gente, coloquem esses erros ao lado das 3291 (sim, eu contei) páginas traduzidas, nas quais conseguiu manter tão bem o estilo da J.K., como disse o Flávio. É que para a gente se torna bem mais fácil reparar nos erros, porque eles acabam se destacando. Mas não se esqueçam de pesar. Sinceramente, eu ainda acho que temos pouco a reclamar [risca]pelo menos não temos um Pau da Morte :B[/risca]

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  8. E recaímos novamente sobre a desvalorização cultural oriunda da supervalorização do estrangeiro em detrimento do que é vernáculo.
    É realmente lamentável.

    Parabéns pelo texto, Carol!

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  9. Ahh, bom tema, Carol! =]

    Particularmente também gosto das traduções da Lia, elas trazem originalidade e mais entendimento, a meu ver. Porém, eu não apoio tradução para nomes, nunca aceitaria que me chamasse por outro nome que não fosse o meu, mesmo que esse nome fosse um equivalente em outro país, acho que nomes devem ser respeitados, se é uma obra britânica deveriam ser nomes britânicos.
    A tradução dos 'us' lembrada pela Carol é a mais estúpida de todas, porque se os ingleses entenderam aquilo, se Jo usou lá, como isso seria menos compreensível a pessoas de uma língua de origem latina como a nossa? Sério, não faz sentido.
    E pior são os argumentos de alguns fãs para isso: "o nome traduzido é mais fácil de pronunciar". Sério, alguém acha que uma pessoa que aprendeu a pronunciar "Dumbledore", não conseguiria pronunciar "Albus"? pelo amor... #roll

    Essa é minha maior questão com a Lia mesmo, mas acho demais o cuidado que ela tem com os trocadilhos, talvez nem todos sejam tão bons como o original [ela não é a Jo, é inevitável hauah], mas no geral ela dá vida as palavras e nos faz entrar no mundo Potter de forma mais clara, pois nem todos são fluentes em inglês e vão perceber certas coisas no idioma original. Harry Potter é literatura, não é um livro acadêmico que tem poliglotas como público alvo. ;)

    Agora erros de edição, não são erros de tradução, então não entrarei neste mérito, pois todos sabemos que a Rocco nem sempre é zelosa. E como disseram acima: "Errar é humano, mas revisar não custa!" ;)

    Algumas coisas que Flávio apontou eu concordo, como nos casos dos títulos dos livros. Acho que demorei um ano para começar a falar 'enigma', era tão lógico traduzir para "Príncipe Mestiço", o argumento da Lia não convenceu mesmo. Já Relíquias da Morte é formidável, até porque, se pensarmos no sentido antigo da palavra relíquia, que é mais para 'migalhas' do que algo de fortuna como conhecemos hoje, a tradução se torna ainda mais perfeita, pois são os vestígios, as migalhas deixadas pela Morte, pelo passado... justamente a busca durante todo o livro, que se aplica as horcruxes também. Não sei se Lia pensou nesse sentido ambíguo da palavra, mas ainda assim eu adoro.

    Agora coisas como "Uón Uón" e "Moliuóli" servem bem a seu propósito imediato: serem toscas. Então Lia acertou. :P

    Enfim, eu aprovo a maioria das adaptações da Lia, ela consegue transferir a essência de HP, até mesmo nos trocadilhos e acho isso ótimo.E para quem quer saber os significados originais, se faltou alguma coisa na nossa tradução e etc, tem uma forma bem simples de se resolver: lendo os originais, pois não dava para esperar que a tradutora acrescentasse notas de rodapé num livro infanto-juvenil só porque os fãs xiitas acham que algumas palavras não são legais.

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  10. Nathália, as tradutoras deveriam estar com algum problema tenso de momento, literalmente. -q

    E aliás, Pau da Morte nem é o fim, O Fim é a frase no seu esplendor:

    "Devo confessar que a ideia do Pau da Morte na posse do Senhor das Trevas é demasiado assustadora" , ou algo do género.

    Fui.
    -qq

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  11. Aprovo a Lia. Ela poderia ter nos preparado uma cruel versão de "Haroldinho da Maconha e a Pedra do Mago", mas não: soube aproveitar os jogos de palavra da Jo, preservou o sentido da riquíssima onomástica potteriana (mesmo em casos de etimologia complicada como Gellert > Gerard > Gerardo), enriqueceu a obra com a imensa variação diatópica que o nosso idioma proporciona (como Jo faz nos originais) e fez uso de arcaísmos facilmente assimiláveis (como no inteligente 'boquiabrir-se'), proporcionando uma leitura fluida, gostosa e acessível a todo brasileiro alfabetizado. Tem criança que pega pra ler Monteiro Lobato e não consegue prosseguir, afinal que criança hoje está familiarizada com os jogos com canudo de taquara de Pedrinho e outras tantas coisas do tipo que fazem parte dum contexto interiorano que a maioria desconhece? A Lia tem o mérito de trazer um livro encharcado da tradição institucional britânica e fazê-lo inteligível a todo leitor, longe de ser literal.

    Paty, se vc houvesse citado "Thicknesse" ou "Shacklebolt" tudo bem, mas 'Dumbledore' é muito fácil de ler no nosso idioma, não há nenhuma sílaba que não ocorra em port. brasileiro. Quero só ver um jovem leitor brasileiro que lê todos os sobrenomes em pronúncia inglesa/americana à risca.

    Compreendo que a Lia tenha sido orientada, ou mesmo deduziu pelo estilo rowlingniano, que traduzir os sobrenomes poderia ser uma roubada. Foi em grande parte por esse motivo que o mistério de R.A.B foi descoberto antes do último lançamento da série (diversas línguas traduziram "Black").

    Em português, palavra terminada em u/us tende à oxitonicidade, logo preservar Albus, Lucius entre outras prejudicaria sim a pronúncia do leitor não familiarizado com o outro idioma. Assim sendo, concordo que foi falha da Lia ter preservado Sirius, é incoerente.

    HP iniciou-se e popularizou-se aqui como série infantil, coube à tradutora ter atenção às normas (ditadas pelo MEC, no caso) que regulam a tradução para esse público e fazer as devidas adequações. Ela foi além e conseguiu uma obra talvez nao tão ricamente vocabular porque tradução implica irremediavelmente em perca mas primorosa e atraente. Ou num país como o nosso o enorme fandom brasileiro leu a série em inglês?

    Vejo a maioria dos problemas apontados pelos fãs reclamões como um menosprezo ao idioma materno, uma infeliz negação de termos correntes regionalmente no Brasil, mas que, pela peculiar diferenciação linguística que aqui ocorre - sobretudo variação nas camadas menos privilegiadas, o que remete a um preconceito extremamente comum na nossa cultura - acabam sendo tratados com tanta hostilidade.

    Infelizmente o artigo contextualiza muito e argumenta pouco ou mal. Fico feliz que o cerne seja o recohecimento a essa grande tradutora.

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  12. Faço minhas todas as palavras de Daniel. Concordo absoluta e plenamente com cada aspecto mencionado.

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  13. Mas gostei do texto. Quando afirmei que concordava, referi-me precipuamente à temática sobre a qual Dan discorreu.

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  14. Dan, particularmente, não gosto de traduções de nomes, acho preferível pronunciar errado até o dia que a alguém te diga a pronuncia correta. E não acho errado que os jovens não saibam tais pronuncias, eles não tem obrigação de saber, assim como os estrangeiros só saberão as nossas se falarmos.
    Mas esta é mesmo a única questão que me incomoda na tradução da Lia, no geral estou safisfeita, e não tenho a pretensão de menosprezar um trabalho que eu, com certeza, não faria melhor. ;)

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  15. Apesar de não falar inglês, tenho acesso à essa polêmica antiga e às diferenças dos termos. Apesar dos erros já citados aqui, de forma geral gosto do trabalho da Lia Wyler.

    Em relação aos nomes próprios é preciso compreender o contexto em que HP foi lançado. Na época, HP e a Pedra Filosofal, seria um livro voltado inteiramente para as crianças, então seria lógico a tradução querer adaptar nomes como Grifinória para que os pequenos pudessem ter identificação plena com a nomenclatura e não só aquelas crianças que já tivessem habituadas com a fonética da língua inglesa. Adoraria que Thiago fosse James,para ficar em um exemplo, mas ninguém tinha na época uma bola de cristal para saber a dimensão que HP teria no Brasil. E depois que se viu isso, não dava para voltar atrás.

    Em relação à plataforma, foi mais por uma questão cultural, traduzir não é só abrir um dicionário. É preciso fazer de uma forma que as nuances pinceladas pelo autor sejam passadas para a cultura em questão, então logicamente certas coisas precisam ser adaptadas sim. Muita coisa se perderia se essas adaptações não fossem feitas.

    Em relação ao título do sexto livro: no início achei estranho, por estar habituada ao outro nome, mas depois me habituei tranquilamente e detalhe importantíssimo: não se esqueçam que a própria própria J.K. Rowling escolheu que a tradução fosse para "Enigma do Príncipe" e honestamente eu confio plenamente na escolha da criadora desse universo, afinal quem melhor do que ela para decidir isso? ;)

    Os prêmios que Lia recebeu não foram dados à toa, só porque era HP, e sim pelo excelente trabalho que ela fez.

    Concordo com Dan, quando ele fala que grande parte das pessoas reclama da tradução por uma questão de menosprezo pelo nosso idioma. Já vi pessoas que para se dizerem superiores (os pseudo-intelectuais da vida) diziam ler apenas a versão em inglês e quando perguntados o sobre o motivo, apareciam com aquele discurso vazio, provavelmente um ctrl C ctrl V desses fóruns da internet.

    Enfim, agradeço à Lia por ter contribuído para que Harry Potter chegasse às minhas mãos. J. K. Rowling teve razão em lhe elogiar quando teve a oportunidade.

    (Carol, parabéns pela escolha do tema, e longa vida ao "Da Penseira"! \o/)

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  16. Assim como o Luan, só irei concordar com o Dan.
    Concordo com tudo o que ele disse e seria desnecessário falar tudo novamente, além do fato de que não ficaria tão bom como o comentário dele.

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  17. Como já disseram, o assunto é polêmico, mas é sempre bom debater, porque a cada vez que o fazemos, novas idéias se processam e mais o raciocínio enriquece.

    1)
    Admiro a Lia pela maioria das traduções de termos potterianos como Grifinória e Sonserina, senti-me mais adequado a essas palavras aos nove anos; mas acho que Lia teria feito uma tradução diferente se soubesse inicialmente de que se tratavam de sobrenomes.

    2)
    A falta de padrão da tradutora conta ponto a menos para ela. Nomes traduzidos diferentemente inúmeras vezes, nomes em inglês e português inclusive no mesmo livro, como citaram. É uma bagunça, uma falta de profissionalismo, diria. Não aceitar sequer um tradutor auxiliar fez parecer, na minha visão, que ela se acha imbatível no que faz. O resultado é Jerry Potter e Moliuóli. Depois que estudei inglês MESMO na Inglaterra, finalmente compreendi o termo de mollywobbles e traduziria como Mole-mole, Molly-Mole, algo assim. Fica ridículo, mas não entendi de onde ela tirou esse uóli. Se ela tivesse um auxiliar, ela poderia ter recebido uma sugestão melhor, mas a humildade não deixa, né?

    3) Quanto a tradução de Half-blood prince, Lia veio com o papo de raças e que isso não existe blablabla. Sabe quando é "preciso" usar um eufemismo que, na verdade, só piora as coisas? Isso que me pareceu. Flávio, lembro exatamente de todo o processo envolvendo o título do sexto livro. O outro título que Lia sugeriu foi, jesus, Príncipe Morganático. De "Half-blood" -> tradução literal -> "metade-sangue", ela chegou em morgonático! Essa palavra, que todos usamos cotidianamente (#ironia, pra quem não pegou), significa o filho resultante de um casamento, onde um cônjuge é inferior ao outro socialmente. "De gênio e louco, todo mundo tem um pouco", por isso não posso considerá-la fantástica com tanta excentricidade que ela cometeu. Lembro que o episódio do título de enigma em deixou puto demais. Cheguei até a fazer a capa com photoshop com o título "Príncipe Mestiço" de tanta raiva. Enigma? onde? Em uma história onde ser mestiço ou não é tão crucial, ela sai com uma dessas.

    pffff.

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  18. "E recaímos novamente sobre a desvalorização cultural oriunda da supervalorização do estrangeiro em detrimento do que é vernáculo.
    É realmente lamentável."

    Desvalorização cultural do nosso idioma ou a da cultura do livro em questão? É um tanto incoerente, já que Harry Potter não é uma história brasileira, mas britânica.

    A valorização da língua pode se dar na criação de termos equivalentes que melhor se adaptam a seu povo. A desvalorização, porém, não requer preferir algo em detrimento de outro, apenas em não considerá-lo como se esperava, mundanamente falando. A super fascinação com o estrangeiro só ocorre com quem não o conhece, "é sofisticado" – dessa forma, colocar tal fato como origem para a desvalorização é genérico e precipitado, a meu ver. Por que ela não pode ser valorizada e também ser "desvalorizada", ao mesmo tempo? Ela foi bem-sucedida em todos os termos 'abrasileirados'? Não. E não é porque ela 'abrasileirou' que devo acatá-los simplesmente porque se trata de uma "valorização do que é vernáculo." Não vejo desvalorização em razão da preferência ao original que muitos dividem. Devido a posturas extremas de valorização de alguma coisa em detrimento de outra, guerras e guerras eclodiram.

    Uon-uon? Que adaptação é essa, meramente sonora?

    Na balança, o saldo de Lia fica ligeiramente negativo pra mim. Teria sido um porre ler Slytherin aos 9 anos para mim, mas tenho certeza que muita gente não entendeu porque Molly ficou vermelha como "Moliuóli". Uma pessoa para ajudá-la e uma postura menos arrogante com a tradução e com mais consideração teriam bastado.

    Parabéns por retomar, ao assunto, Carol! Você não está sozinha em admirar a Lia como faz, tenho um amigo que me mataria por não considerá-la perfeita haha

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  19. Concordo com TUDO que o Vinícius falou, exceto quando diz que o balanço é negativo. Lia tem mais acertos que erros; mas os erros estão lá. E o fato dela ser um tanto arrogante é um forte ponto negativo a se comentar.

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  20. As traduções de Harry Potter não devem levar em conta o vastíssimo conhecimento de língua inglesa de todos os fãs. A tradução, mais que precisa e exata, deve ser equivalente, isto é, deve conter, se possível no contexto cultural, a intenção original do autor, seja ela cômica, irônica ou de qualquer outra espécie.

    Há desvalorização cultural do nosso idioma manifesta em alguns juízos concernentes à tradução dos livros de Harry Potter, na medida em que se considera a língua inglesa superior, mais eufônica, mais aprazível e que se julga a portuguesa (através da tradução de Lia Wyler e de tantos outros aspectos) incapaz de abarcar as sutilezas e nuanças semânticas de termos diversos ou menos agradável ou menos perspicaz.
    Harry Potter não é uma história brasileira, mas sua tradução, sendo por uma brasileira efetuada e a um público brasileiro destinada, contém cabalmente aspectos da cultura brasileira que estão contidos, obviamente, no idioma-destino a que visa a tradução. Considerar tal termo estrangeiro melhor ou mais adequado a leitores brasileiros é, a meu ver, uma evidente mostra de como é desvalorizada e preterida a língua portuguesa.

    A desvalorização da língua portuguesa pode não requerer necessariamente que outro idioma seja preferido em detrimento dela, mas é absurdo negar que a preterição não seja uma patente forma de desvalorização.
    Afirmar que a "superfascinação" pelo estrangeiro só ocorre com quem não o conhece implica uma estultícia aterradora, a meu ver. Em muitos aspectos, a própria motivação para o aprendizado de outra língua pode significar justamente a "superfascinação" por tal idioma. Talvez a "superfascinação" ocorra de forma muito mais intensa com aqueles que conhecem idiomas estrangeiros, não sendo, porém, uma condição sine qua non.
    Em nenhum momento pus a "superfascinação" pelo idioma no imo da desvalorização. Mas é insofismável que aquela não esteja inextrincavelmente relacionada a esta, uma vez que surgem justamente de uma relação de causa e consequência: é provável que esta "superfascinação" por aquilo que é estrangeiro seja um indício de desvalorização cultural, quando ela ocorre acompanhada de uma abstrusa preferência por termos estrangeiros para os quais há equivalentes portugueses, como é o caso da discussão.

    O fato de algumas pessoas, não raro os pseudointelectuais, não "acatarem" as traduções é justamente um dos efeitos da própria desvalorização inconsciente ou falaciosamente inconsciente... Por que não acatá-los? Estou certo de que Lia Wyler é uma profissional competente e apresenta bagagem intelectual suficiente para adaptar os termos que precisarem ser adaptados. Comparações individualmente isoladas não invalidam nenhuma tradução oficial, nas as fazem menos válidas nem menos aceitáveis. Onde estão os absurdos de tradução? Por que são tão absurdos? Que parâmetros e que critérios estão sendo utilizados para julgá-los? Se fosse precisa a identificação de um absurdo de tradução, já seria, a meu ver, válido acatá-lo em prol da valorização do que é vernáculo... Este me parece um ideal muito admirável e pretendo defendê-lo sempre que houver oportunidades para tal.
    Se o não-acatamento das adaptações apresenta algum embasamento, isso pode dever-se ou à incapacidade de compreensão dos mecanismos linguísticos utilizados na formulação do termo traduzido ou, simples e fatalmente, ao sentimento de desvalorização da própria cultura, isto é, do próprio idioma.
    Devido à desvalorização cultural de uma nação, manipulações e alienações maciças tornaram-se e tornam-se possíveis e efetivas.

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  21. Adaptações com “mero” caráter sonoro são menos válidas? As letras "w", "k" e "y" já fazem parte do alfabeto da língua portuguesa, devido à adoção do Acordo Ortográfico e, se a utilização da letra "w" para a expressão do fonema geralmente assumido pela "u" em português parece a alguns mais válida ou mais efetiva do que a legítima utilização da letra "u", a que se deve atribuí-lo? Decerto que não deve ter a menor relação com a desvalorização cultural.

    Parece-me assaz satisfatória a explicação da ruborização de Molly à menção de Moliuóli que é apresentada na tradução; é um tratamento utilizado apenas em momentos íntimos do casal. "Mole-mole" e "Molly-Mole" não me parecem melhores, mais eufônicos, mais cômicos, mais inteligentes ou mais esclarecedores. Não bastam um dicionário, algumas viagens ao exterior e um curso de inglês para dedicar-se à arte da tradução e achar-se capaz de fazê-lo com alguma qualidade.

    Não pretendo participar de digladiações inúteis, embora já o tenha feito. Não pretendo, portanto, continuar com isso. Enfatizo que é lastimável a desvalorização da língua portuguesa. Tentemos sempre e com afinco impedi-la e revertê-la!

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  22. Voltei só para dizer que o amei o comentário do Luan *-*

    Ps.: quando foi que a Lia Wyler mostrou-se arrogante? Porque eu pelo menos nunca detectei esse traço nela.

    No mais, Luan já disse tudo que eu ia dizer ;)

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  23. Errata abaixo.

    Comparações individualmente isoladas não invalidam nenhuma tradução oficial, NÃO as fazem menos válidas nem menos aceitáveis.

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  24. Agora dá licença que a vez é minha:

    Faço minhas todas as palavras de Luan. Concordo absoluta e plenamente com cada aspecto mencionado.

    E ressalto a questão da Kézia, onde é que tá a arrogância da Lia? Assumir o desafio de traduzir o livro ou a saga sozinha demonstra tão-somente a segurança que a tradutora tem em sua experiência; querer elevar o profissionalismo dela a arrogância - ao menos partindo-se de tal ponto - é pura falácia.

    Acho "mestiço" um termo consideravelmente problemático e portanto compreensível tradução. O caso de HP6 poderia ser tratado com menos disparate por aqui, e não consigo enxergar a tragicidade da opção da Lia. Há sim o enigma em HP6, talvez menos central que a questão das origens do Príncipe, ok, mas se vocês leram o mesmo livro que eu, se depararam com páginas e páginas de Hermione, Harry e cia. tentando desvendar o dono do livro de poções.

    Sobre Won-Won, o sentido não é totalmente transmitido, realmente, mas todo tradutor deve fazer escolhas difíceis, em geral se opta ou pelo privilégio expressivo ou o conceptual. Uon-Uon transmite, como recurso figurado sonoro, um significado suficiente para a situação, não fica qualquer ponta solta por conta disso: funciona. Certos leitores querem cobrar uma transmissão impossível. Tradução, qualquer que seja, implica perda, é natural da dinâmica das línguas enquanto sistema. Não mistifiquem simples formas de significado que só funcionam como bônus numa análise literária minuciosa e com pretensão a isso, afinal quem se propõe a tal intento vai certamente ler no idioma em que foi publicado.

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  25. 1) Nossa, como Lia se tornou uma mulher arrogante neste meio tempo? Oo huahauah
    Sério, isso já é exagero! Se ela consegue fazer o trabalho dela sem ajuda, qual o problema? Ser bom em alguma coisa é sinônimo de arrogância? Sem contar que existem trabalhos que funcionam bem melhor sendo realizados por uma pessoa. Tentem escrever um trabalho em grupo, é um inferno, várias mentes, várias escritas... acho que Lia fez uma opção bem lógica. E para possíveis erros e absurdos existe editores. ;)

    2)Engraçado que quando li a coluna pela primeira vez, pensei "nossa, a Carol chamou todo mundo de ignorante" huahauah
    Ela se deu ao trabalho de colocar um significado para tradução e mesmo assim ignoraram... "exprima o texto original da forma mais exata possível" é aí que está a questão! A tradução deve exprimir a ideia do texto e isso só é possível se levar em consideração a cultura a que está sendo apresentada. Um trocadilho, por melhor que seja em russo, não fará sentido algum para mim, e sei que inglês não é russo, mas temos que parar com essa mania de achar que as pessoas tem obrigação de saber esse idioma, que uma tradução nunca será tão boa, como se as outras línguas fossem bárbaras.
    A ideia é transmitir significado e a tradução de Lia faz isso, Uón-Uón e Moliuóli fazem isso, eles transmitem o sentido geral da coisa, ou alguém acha que são apelidos adoráveis e não vergonha alheia total?
    Eu acho que existe sim uma desvalorização da cultura e tudo mais, mas isso começa porque as pessoas não entendem o sentido básico das coisas, isso está claro aqui, pois o fato de tradução não ter obrigação de ser literal foi totalmente ignorado [não falo de todos, que conste].

    Acho muita ilusão esperar que a tradução transmita todos os sentidos de um texto, para isso tem que ler o original, não tem jeito. Mas como o objetivo de Harry Potter não é ser um curso de inglês, tem que ser adaptado, não dá para esperar que todo mundo entenda o sentido no original sem um conhecimento prévio, ainda mais aos 10 anos, idade em que a maioria começou a ler.

    Acho que é muito fácil apontar erros, e apontar soluções que são piores que o original, o difícil é fazer o trabalho dela tão bem como ela fez, porque desculpe, mas por mais que tenham erros em HP, o números de fãs prova que a tradução transmite sentido e a genialidade da Jo, se não fosse assim, não teríamos um fandom brasileiro tão grande, a menos que todos, exceto eu, tenham lido HP apenas em inglês.

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  26. Outro erro.

    Adaptações com “mero” caráter sonoro são menos válidas? As letras "w", "k" e "y" já fazem parte do alfabeto da língua portuguesa, devido à adoção do Acordo Ortográfico e, se a utilização da letra "w" para a expressão do fonema geralmente assumido pela LETRA "u" em português parece a alguns mais válida ou mais efetiva do que a legítima utilização da letra "u", a que se deve atribuí-lo?
    ___________________________________________

    Não comentei a suposta arrogância de Lia, mas devo declarar que talvez alguns fãs tenham essa impressão deturpada, devido à reação absolutamente compreensível dela às críticas completamente infundadas às traduções geniais por ela executadas. Particularmente, acho-a excelsa e muito talentosa.

    Outro aspecto diz respeito à editora Rocco, que sabemos não ser a mais diligente; alguns erros devem-se a certo desleixo da revisão e edição dos livros. Chega a ser torpe acusá-la de ter escrito Jerry Potter. Este não é propriamente seu trabalho e notem que a letra "j" no teclado fica bem próxima à letra "h".

    E também é preciso abordar um dos significados da palavras enigma. Segue-se.
    "Coisa inexplicável, aquilo que é difícil compreender; mistério."
    Ora, a identidade do dono do livro de poções não é um mistério, algo a ser descoberto? Muito coerente, a meu ver.

    Não preciso mencionar que concordo com Dan e Paty.

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  27. Eu sei que já comentei demais, mas tenho umas considerações pra resmungar, ainda.

    Os O.W.L.s "NOMs" e N.E.W.T.s "NIEMs", que são meio decepcionantes, ninguém citou. Nem o caso controverso do verbo "aparatar", que tem já um significado outro em português, nada a ver com "aparição", mas com o aparato no sentido de adorno, enfeite.

    São aspectos (erros?) muito mais interessantes que as seleções de Wyler pros títulos dos volumes da série e termos isolados como 'Moliuóli'. penso eu. HP6 só funcionaria em sua plenitude como Príncipe Mestiço se tivéssemos uma "Eileen Príncipe", o que em português inviabilizaria o Enigma, então de qualquer forma a genialidade de JK não seria expressa aí mesmo.

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  28. Você está dizendo que a tradução da Lia Wyler é perfeita, então, Luan? Livre de erros? Quer dizer que todas as traduções, adaptações, versões e trocadilhos que ela pôs no livro são tão bons quanto os da J.K. Rowling? Não, não, você não deve estar dizendo isso, por ser alguém sensato. Mas é isso que está deixando transparecer.

    Querer que nomes dos personagens de um livro inglês permaneçam em inglês não é desvalorizar a cultura, a língua e blá blá blá. Óbvio que termos como quidditch, snitch, whomping willow, dentre outros, não fariam o menor sentido em português e seria perdida grande parte da genialidade do livro.

    Mas há outros termos, como os que eu listei, que a tradução não foi adequada (acabei lembrando do "Mouco - Surdo e Oco" também...), além de vários nomes de personagens que podiam muito bem ter mantido o original.

    Arrogância da Lia: melhor exemplificada e notavelmente detectável no episódio do título do sexto livro. Pesquise.

    E, sim, eu acho que Molly-Mole é uma tradução muito melhor de Mollywobbles do que Moliuóli.

    E, mais uma vez, se o duplo sentido da palavra estava em "Príncipe" e não em "Mestiço" e "Princípe" foi utilizado dentro do livro e no título... qual o problema com "Mestiço"? Sem noção que o título seja "Enigma do Príncipe". Eu já consigo chamar o livro de "Enigma do Príncipe", mas é como um alimento que você deglute, sabendo que vai te dar gastrite depois.

    E, Luan, Harry para Jerry são dois erros na mesma palavra... e não é em uma palavra qualquer, é no nome do personagem principal! Não vai mudar nada no livro, vai? Não, não vai. Mas é um erro grotesco dos envolvidos na produção do livro, aí inclusa Lia Wyler.

    OK, agora vou parecer que odeio a tradução da Lia [principalmente, depois de ler os comentários de vocês] e que preferia ler o livro em russo do que em português. O que não é verdade, como já falei. Só acho que há erros, não é esse "poço de perfeição"; e óbvio, há acertos, muitos, na maioria dos termos! Mas os erros estão lá. E eu não sou cego para não ver.

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  29. “Há desvalorização cultural do nosso idioma manifesta em alguns juízos concernentes à tradução dos livros de Harry Potter, na medida em que se considera a língua inglesa superior, mais eufônica, mais aprazível e que se julga a portuguesa (através da tradução de Lia Wyler e de tantos outros aspectos) incapaz de abarcar as sutilezas e nuanças semânticas de termos diversos ou menos agradável ou menos perspicaz.”

    Bom, não é julgamento, trata-se de fato. Peço a quem for gentil o suficiente para que me explique o que entendeu de Uón Uón e me falar, no contexto da história, de onde a Lia tirou isso. Uma pessoas que traduz Muggle para Trouxa sabe sim fazer um tradução melhor para isso.

    “Considerar tal termo estrangeiro melhor ou mais adequado a leitores brasileiros é, a meu ver, uma evidente mostra de como é desvalorizada e preterida a língua portuguesa.”

    Lia Wyler, a patrona da língua portuguesa, imbatível, fantástica, sensacional, livre de erros, deusa. A preferência de certos termos originais se dá porque os termos que LIA WYLER encontrou não se adaptam, como é o caso do Observatório Potter. Não é nada contra a língua portuguesa, mas contra a tradução de Lia Wyler, que é o centro do assunto em questão.

    “Afirmar que a "superfascinação" pelo estrangeiro só ocorre com quem não o conhece implica uma estultícia aterradora, a meu ver. Em muitos aspectos, a própria motivação para o aprendizado de outra língua pode significar justamente a "superfascinação" por tal idioma.

    Talvez a "superfascinação" ocorra de forma muito mais intensa com aqueles que conhecem idiomas estrangeiros, não sendo, porém, uma condição sine qua non.”

    “..... é provável que esta "superfascinação" por aquilo que é estrangeiro seja um indício de desvalorização cultural, quando ela ocorre acompanhada de uma abstrusa preferência por termos estrangeiros para os quais há equivalentes portugueses, como é o caso da discussão.”

    Abstrusa? Tem certeza de que é essa a palavra que você quer usar? E não, não é algo “prefiro por que é inglês.” Simplesmente não acho que certos termos escolhidos por ela satisfaçam. Morganático? Oi, você leu o que eu escrevi? Mais uma vez, a mesma pessoa que criou os Trouxas criou Mollyuóli. E, é claro “uóli” reflete muito a cultura brasileira.

    “ Estou certo de que Lia Wyler é uma profissional competente e apresenta bagagem intelectual suficiente para adaptar os termos que precisarem ser adaptados.”

    Concordo inteiramente que ela é competente para fazer isso, mas não que seja infalível.

    “Se o não-acatamento das adaptações apresenta algum embasamento, isso pode dever-se ou à incapacidade de compreensão dos mecanismos linguísticos utilizados na formulação do termo traduzido OU, simples e fatalmente, ao sentimento de desvalorização da própria cultura, isto é, do próprio idioma.”
    Se não acato, é por que não entendo e a minha postura não passa de um pseudointelecutal que estudou inglês e acha que sabe alguma coisa, né? Desvalorizo meu idioma por não me ajoelhar aos pés de Lia, a rainha da cocada preta.

    Eu acrescentaria um “OU” ao seu parágrafo: “OU pela insuficiência em manter o espírito do termo original.”

    “Adaptações com “mero” caráter sonoro são menos válidas?”

    Se o original chega a apresentar no mínimo três sentidos diferentes, como é o caso de Won Won, a tradução meramente sonora é a mais pobre encontrada.

    “ Decerto que não deve ter a menor relação com a desvalorização cultural.”

    Desvalorizo minha cultura por não gostar de Uón Uón. Obrigado por avisar.

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  30. “Parece-me assaz satisfatória a explicação da ruborização de Molly à menção de Moliuóli que é apresentada na tradução; é um tratamento utilizado apenas em momentos íntimos do casal. "Mole-mole" e "Molly-Mole" não me parecem melhores, mais eufônicos, mais cômicos, mais inteligentes ou mais esclarecedores. Não bastam um dicionário, algumas viagens ao exterior e um curso de inglês para dedicar-se à arte da tradução e achar-se capaz de fazê-lo com alguma qualidade.

    Não pretendo participar de digladiações inúteis, embora já o tenha feito. Não pretendo, portanto, continuar com isso. Enfatizo que é lastimável a desvalorização da língua portuguesa. Tentemos sempre e com afinco impedi-la e revertê-la!”

    Bom, se critico algo, o mínimo que posso fazer é criticar com algo que eu saiba e critico com o MEU conhecimento de inglês, com a MINHA bagagem, por mais limitados que ambos sejam. Além disso, busco aprender com o que não tenho, não me portar como alguém perfeito, mas que tem argumento, postura muito diferente da Lia, que aceitaria apenas outra pessoa como ela para auxiliá-la. Se uso dicionário, viajo ao exterior e realizo curso de inglês, significa que vivi e aprendi algo, que conheci pessoas com mentes abertas e que não se acham donos da verdade por utilizar um vocabulário rebuscado para soar bem; admito minhas limitações, diferente da Lia, e não sou tabula rasa para acatar o que é jogado em minha direção. Se critico e mostro porque critico (tenho que listar os termos de novo e repetir os que foram citados pelos demais?), a crítica não se mostra “abstrusa.” Da mesma maneira que você me toma como incapaz para tradução para “Molly-mole,” faço-o com Lia com o móliúoli. Lastimável, para mim, é uma visão reacionária sobre língua, algo vivo, que, pelos seus comentários, são ditados por uma pessoa a um grande número de pessoas, que não devem refletir sobre tais, mas acatá-los e usá-los. Não há língua pura, livre de estrangeirismo. O português do Brasil bebeu de língua nativas do território brasileiro, bebe do francês, do inglês. O inglês bebe do francês, até do chinês. Todas, claro, desvalorizadas por aqueles que vivem idiomas, todos absolutamente “pseudointelectiuais” por não discutirem de forma dicionarizada.

    Kézia, a arrogância de Lia pode ser vista quando ela decidiu fazer de Hagrid um personagem que fala corretamente, alterando completamente o entendimento dos fãs brasileiros sobre o real Rúbeo Hagrid,quando ela não usou a palavra mestiço por questões raciais e por não aceitar um tradutor sequer auxiliar. Segundo a própria, teria que ser outra pessoa igual a ela.

    “huahauah
    Sério, isso já é exagero! Se ela consegue fazer o trabalho dela sem ajuda, qual o problema? Ser bom em alguma coisa é sinônimo de arrogância?”

    Em que “meio-tempo” que ela se mostra arrogante? Bom, desde 2005 pelo que me lembro, com a tradução de Enigma do Príncipe e mais atenção da mídia, isso transpareceu em suas entrevistas. Mas você tocou no ponto nevrálgico da questão: ela foi realmente bem-sucedida traduzindo sozinha, mas, como disse o Flávio, os erros estão lá. Lembro de ter ficado sem palavras ao ler a edição brasileira de Relíquias da Morte e identificar de imediato que Lia tinha traduzido Death Eaters (Comensais da Morte) como dementadores. Perfeita, né?

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  31. “A tradução deve exprimir a ideia do texto e isso só é possível se levar em consideração a cultura a que está sendo apresentada. Um trocadilho, por melhor que seja em russo, não fará sentido algum para mim, e sei que inglês não é russo, mas temos que parar com essa mania de achar que as pessoas tem obrigação de saber esse idioma, que uma tradução nunca será tão boa, como se as outras línguas fossem bárbaras. A ideia é transmitir significado e a tradução de Lia faz isso, Uón-Uón e Moliuóli fazem isso, eles transmitem o sentido geral da coisa, ou alguém acha que são apelidos adoráveis e não vergonha alheia total?”

    Ok, me explica qual sentido que ela deu a “uón-uón” e a “molióuli” no contexto da história. Isoladamente, parecem apelidos tirados do nada para mim. Agora além de pseudointelectual que acha que fala inglês e desvalorizo meu idioma, também considero português uma língua bárbara. Vlw xD

    “Não comentei a suposta arrogância de Lia, mas devo declarar que talvez alguns fãs tenham essa impressão deturpada, devido à reação absolutamente compreensível dela às críticas completamente infundadas às traduções geniais por ela executadas. Particularmente, acho-a excelsa e muito talentosa.”

    Ok,você conhece a Lia, então não posso falar nada, né? Se a minha impressão é deturpada, a sua é romântica.

    “Os O.W.L.s "NOMs" e N.E.W.T.s "NIEMs", que são meio decepcionantes, ninguém citou. (...) São aspectos (erros?) muito mais interessantes que as seleções de Wyler pros títulos dos volumes da série e termos isolados como 'Moliuóli'. penso eu. HP6 só funcionaria em sua plenitude como Príncipe Mestiço se tivéssemos uma "Eileen Príncipe", o que em português inviabilizaria o Enigma, então de qualquer forma a genialidade de JK não seria expressa aí mesmo.”

    Ao menos a tradução de OWLs para NOMs torna o nome do exame compreensível, mesmo que se perca o tracadilho. Agora, porque Lilá apelidou Rony de Uón-Uón? Não é compreensível em nenhum dos sentidos.

    “OK, agora vou parecer que odeio a tradução da Lia [principalmente, depois de ler os comentários de vocês] e que preferia ler o livro em russo do que em português. O que não é verdade, como já falei. Só acho que há erros, não é esse "poço de perfeição"; e óbvio, há acertos, muitos, na maioria dos termos! Mas os erros estão lá. E eu não sou cego para não ver.”

    Vou assinar embaixo, Flávio. Saudades da época das antigas, com Lylip, Karol Kosta e Ralph Rosier.

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  32. Devo recomendar que você, "Vinícius", leia, se lhe aprouver, meus comentários novamente e observe que há um "ou" onde você foi aparentemente incapaz de enxergar. Se o seu intuito é corrigir o texto dos comentários e fugir à discussão por ausência de fundamentação mínima, espere por outra coluna que disto trate.
    A palavra abstruso vem do termo latino abstrusu e significa oculto, escondido, dificilmente compreensível, obscuro. E foi exatamente o que quis dizer com ela. As palavras apresentam denotações e conotações próprias que podem ser facilmente encontradas em um dicionário e com ajuda do contexto. A preferência, pois, parece-me abstrusa deveras, como escrevi anteriormente.

    Não me desgastarei com réplicas a restrições imprecisas e deturpações do que escrevi. É como "esmurrar ponta de faca", como prega a, às vezes, muito sábia sabedoria popular. Atente no que está escrito e pratique um pouco de interpretação textual. É um pena que o texto não esteja escrito em inglês. Acredito que alguém que se julga tão apto quanto Lia Wyler em conhecimento de língua inglesa apresente conhecimento, ao menos, semelhante da portuguesa.

    Novamente ressalto que é lamentável que haja tal postura por parte de brasileiros.

    Acredito que os outros aspectos já estão contidos em meus comentários iniciais.

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  33. "Em que “meio-tempo” que ela se mostra arrogante? [...]"

    > Quando eu falava em "meio-tempo", me referia a essa discussão, naturalmente, que era sobre erros de Lia e começou a envolver aspectos de sua personalidade a que eu, sinceramente, nunca tive acesso. ;)
    Se mostrar irritada em alguns momentos por criticarem o trabalho dela é normal, todo mundo passa por isso, não concordar com algumas coisas também é, eu, por exemplo, apesar de tudo isso, ainda não acho que os nomes de personagens [humanos] deveriam ser traduzidos, porque tem a ver com a identidade de cada, mas é minha opinião.

    Acho que Lia tem direito de ter as convicções dela, como todo mundo. E em momento algum eu disse que não haviam erros, se você notar, eu falei que deveria ter alguém revisando, sem dúvida, por que ela é humana. Agora certas criticas são um exagero para mim.

    Dizer que a tradução " dar gastrite depois" é um grande exagero, de verdade, Fláb's =/
    E Jerry é péssimo, sem dúvida, mas sinto informar que seres humanos são assim, nossos olhares viciam quando lemos muito uma coisa, deixando passar erros, é inevitável.

    A questão para mim, é que podemos ficar aqui discutindo por toda a vida sobre os erros de traduções, e desde o Renascimento, quando passam a fazerem traduções "legítimas", levando em conta o original e tudo mais, isso acontece, por que tem que adaptar, e não é fácil dar sentido as coisas em outro idioma, as tentativas de traduzirem músicas em inglês para português e usar o mesmo ritmo é um exemplo claro de que não funciona.

    Tradução é perda, não dá para ignorar isso, e esperar perfeição não resolve, porque se fosse qualquer um de nós realizando esse trabalho, mesmo sendo fã, e supondo que tivéssemos a bagagem da Lia [o que não é o meu caso, pelo menos], ainda assim teríamos criticas, porque traduzir é fazer escolhas que nem sempre serão entendidas por todos, sem contar que nem tudo gira em questões de entendimento racional, mas também de gosto [de subjetividade], que infelizmente motivam as opiniões das pessoas, mesmo que não tenha uma argumentação racional em gostar de algo.

    Sei lá, acho exagero essas criticas a Lia como se ela fosse uma pessoa ruim por ter cometido alguns erros, e achar que o trabalho feito por mais tradutores sairia melhore é enganação, vide o "Pau da Morte" em Portugal, país que tem sete tradutores trabalhando em HP.
    Acho mesmo que algumas coisas são bobagens de fãs xiitas.

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  34. "Ok, me explica qual sentido que ela deu a “uón-uón” e a “molióuli” no contexto da história. Isoladamente, parecem apelidos tirados do nada para mim. Agora além de pseudointelectual que acha que fala inglês e desvalorizo meu idioma, também considero português uma língua bárbara. Vlw xD"

    > Primeiramente, omo já disse, esperar que o Português consiga uma tradução perfeita é impossível. Não por nosso idioma ser inferior, mas por ser impossível a qualquer idioma. Então, a partir do momento que o idioma não conseguiu isso, ele é menos que o original, e fato que vários fãs ao redor do mundo vão pensar assim, "barbarizando" o seu idioma, pois ele não atende a certas necessidades.
    Bárbaro, no sentido que usei, é de um idioma diferente e inferior[porque não é compreesível pelo outro], e é assim que muitos [não te conheço o suficiente para saber se isso se aplica a você] parecem considerar suas próprias línguas. E sinceramente, todo idioma é "bárbaro", pois ele não tem a função de ser um equivalente exato de outro, mas um equivalente de sentido. A tradução para português, chinês, árabe ... qualquer tradução será sempre um equivalente, que nem sempre será perfeita, não é uma equação, porque existem palavras que não dá para traduzir e isso acontece a qualquer língua. O que me irrita é essa "desvalorização" a troco de nada, porque nenhum idioma conseguirá tradução exata, sem criar novas palavras. Em português temos vários exemplos, como saudade ou favela, são coisas que não fazem o mesmo sentido numa tradução literal para alguns idiomas.

    Moliuóli e Uon-Uon podem até perder o trocadilho [o que é inevitável, para mim] mas Molly e Rony ficam envergonhados com uso desses termos, e nós, leitores, também ficamos. O sentido equivalente aqui é a vergonha que apelidos intimo nos causam. Acho que, neste sentido, as palavras cumprem seu papel fundamental.

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  35. Bom, Luan, não fui claro o suficiente quando disse que gostaria de acrescentar um 'OU'. Não quero corrigir seu português impecável, mas apenas acrescentar uma idéia. Copiar as passagens para comentá-las foi um artifício que encontrei, não para corrigir, mas para dialogar com cada idéia, sem me perder. Desculpa se minhas técnicas são primitivas demais.
    E não coloque palavras na minha boca. Falar que me julguei apto a me comparar a Lia é mentira, "pura falácia", "estultícia aterradora" da sua parte.

    Quando iniciei meu comentário, usei as palavras "admiro a lia." Mas isso não quer dizer que a considero perfeita. E mais uma vez, é a tradução DELA que está em questão. Não há nada a ver com português. Se fosse para francês, alemão ou espanhol, estaria dizendo o mesmo.

    Sua postura, Luan é exatamente igual a que vejo em Lia: cego aos erros, fechado a alternativas. Se sugerir traduções, foi para mostrar que ela teria um leque mais rico se ouvisse mais opiniões.

    A tradução, como Kezia disse, implica perda. Lia represntou ganho genial em diversos momentos, mas demonstrou excentricidade, arrogância e falta de profissionalismo por se considerar perfeita, sim.

    O 'wobble' de Mollywobbles lembra em sonaridade a palabra wabbly, que signifigca bambo. Moly-mole seria uma alternativa mais eficiente para manter o trocadilho, a MEU ver, ainda mais com a semelhança da palavra "mole" com "molly". Se eu, com meus conehcimentos limitados em inglês - como disse anteriormente no meu post anterior - pensei nisso, imagine o que um tradutor auxiliar poderia pensar. A mente com horizontes limitados leva a isso. E ela teve seis chances de ter ajuda, mas não o fez.

    Won Won, apelido carinhoso por Lilá, pode ser interpretado como uma referência ao próprio nome Ron, a sonoridade do número 1 em inglês e ao verbo ganhar no passado. Para Lilá, Rony era seu número 1, seu vencedor. Em Português, Uon Uon firou apelido para Rony. Nem o sentido carinhoso, mais crucial do que os demais se manteve. Não faz nenhumsentido no contexto em portuguÊs. Quanto a veronha alheia, apenas se percebe isso pelas reações dos personagens. Se Harry chamasse Voldemort de Vold, na cara dele, a gozação aparecia por si só, sem explicação. Não é o que acontece com os termos de Lia para os apelidos.

    E a "desvalorização" não é a troco de nada. Se critico, é porque eu acho que poderia ser melhor, Lia poderia ter aceitado a opinião de outra pessoa e ter criado termos geniais onde não o fez e ter poupado erros escrotos como Jerry e dementadores no lugar de comensais. Lia é humana, limitada, passível de erros. Mas não é isso que estamos discutindo, o trabalho dela?

    E bom, além de ser pseudointelectual que acha que sabe inglês que acha português uma língua bárbara, agora sou xiita ;*

    O tema foi trazido a discussão. Foi para todo mundo balançar a cabeça e postar "lindo texto", ou para refletir, como o nome penseira sugere?

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  36. Bom, com certeza a tradução poderia ser melhor, Vinícius,isso é inegável como já disse várias vezes por aqui
    Agora, você insiste em distorcer o que eu digo e ainda se sentir ofendido com qualquer palavra como "fã xiita" que não é "ser xiita" e qualquer fã de HP sabe disso, é lamentável que tudo que eu diga seja tão incompreensível. =/

    Tenho minhas opiniões, você tem as suas, nenhum dos lados vai mudar [ainda bem, essa é a graça de uma discussão] e eu não tenho paciência para discussões ilógicas e redundantes que se disfarçam em críticas [agora é bem provável que você diga: "além de xiita, não tenho senso critico" huaahuah]

    De fato, o propósito do blog é a liberdade de opiniões e reflexões, acho que o post está cumprindo seu papel neste sentido, e sem dúvida Carol não queria ouvir "lindo texto", mas esperava uma discussão digna do tema, e é exatamente isto que está acontecendo.
    A sua fala dá a impressão de que estamos limitando suas reflexões, o que me deixa triste, de verdade, pois estamos discutindo e tudo o que você disse foi respondido e não deletado, o que só prova o caráter de livre-pensamento do Dapenseira.

    Enfim, como não tenho a pretensão de mudar sua opinião, pois acredito que uma boa discussão não se faz de imposição de pensamentos e tampouco da necessidade de vitória, prefiro me abster de tais disputas de ego.

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  37. Encerro a MINHA participação neste post dizendo que: questionar a tradução ou apontar preferências sobre o livro não significa dizer que a Lia é uma má tradutora e não é supervalorizar a cultura estrangeira, em detrimento da língua, da cultura e dos valores nacionais. Quem disse isso está viajando, exagerando.

    Lia não é perfeita. Lia comete erros, como qualquer ser humano. É óbvio que ela cometeu muitos acertos, é óbvio que o livro poderia ter caído em mãos erradas e poderíamos ter um "Pau da Morte" por aqui também. Mas os erros que ela cometeu (listei alguns, mas deve ter muitos mais) são visíveis e poderiam ter sido diferentes.

    Não foram. Fazer o quê?

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  38. Queixando-se de deturpação? Novamente, aconselho que leia meus comentários e talvez até os seus, já que parece não compreender sequer o escreve.

    É maravilhoso saber que uma pessoa como você considera minha postura semelhante à de uma pessoa como Lia Wyler. Talvez não tenha sido propositado, mas aprouveram-me as palavras.
    Suas deturpações, generalizações e restrições empobreceram a discussão e reduziram-na a esta digladiação inane.

    Como Paty, pretendo abster-me disto e, como Flávio, encerro aqui minha participação, salientando novamente a importância da preservação da língua portuguesa!

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  39. Errata abaixo.

    Queixando-se de deturpação? Novamente, aconselho que leia meus comentários e talvez até os seus, já que parece não compreender sequer o QUE escreve.

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  40. Serei curto e grosso. A tradução é muito boa! Lógico que existem erros e acertos, como os citados. Mas, os termos adaptados, como os nomes das casas ficaram bons e fáceis de cair na boca do povo. Lembrando, que HP é uma série de livros para adolescentes, e lógicamente é muito mais fácil se identificar com termos mais comuns, ou que tenham alguma referência com o que vc já conhece, do que algo fidedígno, mas que traduzido não faz sentido. Resumindo é isso!

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  41. Vejo nessa discussão coisas típicas de projetos de intelectuais imaturos: Argumentum ad hominem. Onde o argumento se concentra ao autor da tese e não sobre ela em si.

    E isso é deprimente. Sinceramente.
    Se seu romantismo não está apto para aceitar uma opinião contraria, não participe de discussões. E se você é incapaz de se ater aos argumentos do autor da tese e busca motivos externos oriundos de deduções duvidosas, novamente, não participe da discussão.

    No mais, repostarei um comentário meu que não foi ao ar:

    Não podemos esquecer que independente da cultura para qual tal obra
    esta sendo adaptada, a intensidade e força da palavra escolhida pelo
    autor dentro do contexto e cultura original deve ser mantida dentro do
    possivel, logo,"Enigma do Principe" é ao meu ver uma tradução
    equivocada do que seria "Mestiço" ou "Sangue-ruim" (pelos padrões de CF). Independente da coerência contida no livro, esta não foi a opção
    da autora ao fazer o original.
    E não custa lembrar que dentro do contexto da história ambas palavras existem... Já a palavra Enigma é invenção dentro de contexto.
    Mas pior que as traduções de nomes de filmes no Brasil não é, já quase sempre o apelo é exclusivamente comercial.

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  42. Oi! Gostaria de saber daonde você baixou as músicas da trilha sonora do Harry Potter. Pode me responder por comentário no http://letraspetulantes.wordpress.com ou por e-mail anapsvial@gmail.com

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  43. De fato, algumas traduções dela são geniais, mas traduzir nomes próprios? Achei um pecado horrível! Qualquer um consegue dizer James, ou Bill, ou Charlie, e traduzi-los foi, pra mim, o maior erro da Lia, mais até do que o Jerry. Mais uma vez, ótimo artigo :D

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  44. Tinham que ver a edição italiana onde, por exemplo, o nome do Dumbledore é Alvo Silente (de silencioso mesmo), e o do Snape é Professor Piton (é, o nome da cobra), e por aí vai.

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  45. Pessoal, só avisando que Lia Wyler deu uma passadinha por aqui e leu o texto da Carol!

    Segue o email que ela me mandou:

    "Caro Renato,

    O texto da Carol Souza é dos melhores que já li sobre o assunto. Gostariade comentar cada um dos posts, uma tarefa que consumiria um tempo enorme enão disponho de tanto em minha vidinha atribulada. Por isso tenho umaproposta a fazer: cada um dos comentaristas me enviaria separadamente suaopinião e vou respondendo à medida que chegarem à minha caixa de entrada.Respondo a todos, porém, que o tradutor não manda no seu texto e que elepassa por várias digitações e opiniões antes do seu lançamento. Há erros quesão meus, outros não. Por exemplo, tem razão quem disse que o primeiro livrofoi traduzido para crianças de 9 a 12 anos daí a necessidade de traduzir osnomes. Contudo, justamente os primeiros nomes traduzidos foram aprovadospela Rowling, porque ela os considerou fiéis aos significados contidosneles. É claro que isso para vocês que não traduzem profissionalmente nãoquer dizer nada, mas a tarefa de traduzir impõe a aceitação do texto doautor quer se goste ou não. Aguardo a aceitação ou rejeição da minhaproposta. Abraço para todos -- os que gostaram e os que não gostaram e os que gostaramporém criticamente.

    Lia Wyler
    Translator English- Portuguese
    Rio de Janeiro
    www.liawyler.com"

    Bom, tá aí a sugestão dela. Se alguém quiser se comunicar com ela, entre em "liawyler.com" e cliquem em "Contato", explicando tudo e tirando suas dúvidas!

    Fico muito feliz por Lia ter se preocupado em vir até aqui ler o texto da Carol! Amei esse contato entre tradutor-público leitor!

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  46. "A propósito os britânicos se vingaram dizendo que o título A pedra Filosofal na América foi trocado para The Sorcerer´'s Stone, porque nos Estados Unidos não há filósofos)."


    Hehehe.

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  47. Só uma coisinha que eu não pude deixar passar, na resposta dela pro Dan:

    "Espero ter esclarecido as suas dúvidas, sem intenção alguma de convencê-lo,
    mas convidando-o a refletir sobre a saga do ponto de vista do tradutor.



    Abraço,

    Lia Wyler"

    E ainda dizem que ela é arrogante?!

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  48. Acho que a Lia é uma santa por conseguir aguentar tanta azucrinação dos fãs de HP. Tô correndo aqui porque preciso sair, então ainda não li o post inteiro, nem as respostas da Lia, muito menos os comentários - farei isso amanhã -, então esse meu comentário não é direcionado a ninguém especificamente, ok?

    Só acho que, de certa forma, eu sei como é lidar com o público de HP. Tem gente que não entende nada e reclama, tem gente que entende e não é maleável, e assim por diante. Mas o que mata nisso tudo é a falta de educação de muitos, que ao invés de dialogar e expor sua dúvida através de argumentos, faz uso de sarcasmo e, muitas vezes, ofensa contra o trabalho realizado.

    Eu amo Harry Potter, amo o fandom da série e tô aqui há muitos anos, mas infelizmente é o que acho: se metade desses fãs que vão no embalo, e não necessariamente pensam, deixassem a série de lado, acho que ela se sustentaria muito melhor sozinha.

    A Lia foi feita de cristo muitas vezes, e ter que aguentar a falta de educação de milhares de fãs não deve ter sido fácil MESMO. Eu já teria passado a ignorar a todos - e, pelo jeito, não foi o que aconteceu com ela, como podemos ver pelas suas respostas tão educadas por aqui.

    Abraços!

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  49. Nossa quanta polêmica, levei um tempão pra ler tudo!! Primeiro gostaria de parabenizar meus amigos envolvidos no projeto do blog Penseira e dizer que amei o assunto dessa coluna, pois pelo menos desde 2005 essa é uma das minhas discussões preferidas.

    A Carol diz na coluna que alguns amam e outros odeiam a tradução da Lia. Eu diria que sou um meio termo - eu verdadeiramente detesto alguns erros, mas do fundo do coração AMO diversas traduções. E, há anos, eu sou defensora fervorosa da Lia.

    Pra começar foi a tradução dela que encantou milhares de corções brasileiros. Eu tinha 12 anos e me encantei com "Grifinória", "Sonserina", Lufa-lufa", "Convinal", "Quadribol", "Pomo de Ouro", etc... não quero parecer uma sentimental dizendo isso, mas muitos fãs esquecem de como era sua compreensão de inglês aos 10 ou 12 anos, começando a ler HP. E que ainda terão crianças começando a ler a saga nessa idade.

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  50. A discussão ficou um bom tempo em "Moliuóli" e "Uon-uon" - sinceramente, seja qual for o trabalho publicado de alguém, jamais essa pessoa adquirirá equanimidade em aceitação. Isso não aconteceu nem com os grandes mestres da humanidade... nem com nossa querida Jo, e certamente com a Lia não é diferente. Sempre terão os que vão encontrar algo pelo qual reclamar, e cada um tem seu motivo.

    Agora, sobre a Lia demonstrar uma postura arrogante, acho engraçado isso vir de um comentarista que usou um tom tão pejorativo nos seus comentários que, de uma discussão saudável, transformou o tópico em uma luta por suas próprias opiniões. Qualquer um pode ser receptivo a comentários e críticas construtivas, mas todos recebemos mal uma crítica em tom depreciativo e/ou pejorativo. A Lia provavelmente, depois de todos esses anos, deve estar de certa forma numa posição defensiva depois de tanto ser atacada por um bando de pirralhos que não tem nem metade da experiência dela! E ainda assim, é atenciosa e simpática demais - propondo-se a responder a cada comentarista!

    Bom, agora vamos a pauta da discussão - que é a tradução da saga. Acho "Moliuóli" um termo super legal, não me leve a mal Vinícius, mas Molly-mole é ridículo. "Wobble" pode significar "pouco firme", "oscilação", e acho que daí que você tirou "mole". Contudo, na minha família sempre nos demos apelidos carinhosos sem um significado próprio na língua portuguesa, por isso achei que "Moliuóli" coube muito bem, e Molly fica vermelha de vergonha por ser um apelido íntimo entre ela e o marido, todo o contexto diz isso, não é uma particularidade do apelido em si.

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  51. Já "Uon-Uon", apesar da sonoridade com "one" que foi citada, lembra o próprio apelido de Rony em inglês - "Ron" - porém de uma forma mais "ronronante" e isso se manteve na tradução, que eu achei muito mais importante do que o "one" - concordo que nesse caso perdemos a similaridade com o apelido do personagem, já que desde o primeiro livro nos habituamos a chamá-lo do Rony. Talvez um "Ni-ni" soasse mais parecido com "Rony", mas seria ridículo e pelo menos mantivemos o "ronronar" de patricinha da Lilá; que aliás é Lavender em inglês. Não ouvi ninguém reclamando que não temos uma personagem chamada "Alfazema" na história!

    Esse é um típico exemplo como tradução é, acima de uma reprodução idêntica, uma adaptação. "Alfazema" é uma flor e, embora tenhamos nomes como "Rosa" e "Margarida" no Brasil, não temos pessoas chamadas "Alfazema" e "Lírio". Isso nos traz a tradução do nome da mãe de Harry, Lily, que significa "Lírio" em inglês. Mas quem pesquisa um pouquinho (mesmo na internet) a respeito dos nomes, saberá que "Lílian" também é um nome que significa lírios.

    Não é um pecado traduzir nomes próprios, eles são traduzidos desde quando as diferentes Línguas nasceram, os deuses romanos e gregos tinham nomes diferentes em cada língua. Os nomes bíblicos foram todos traduzidos do antigo hebraico para várias línguas, e a Lia se baseou na maioria deles pra manter as traduções – James é mesmo Tiago, assim como Peter é Pedro e John (de Remus John) é João. Nosso São João comemorado mês passado é Saint John em inglês. E George é mesmo Jorge, William é mesmo Guilherme (e por isso o Bill se torna Gui)... e por aí vai. Ronald é Ronaldo, mas temos alguns nomes que foram popularizados mesmo em inglês aqui no Brasil, e “Ronald” e “Harry” são alguns desses, acredito que isso tenha sido um dos motivos por que a Lia manteve o original desses casos. Já Hermione é a rainha de “Um Conto de Inverno” de Shakespeare, e o nome da personagem, nas traduções dessa peça, continua sendo “Hermione”, então acho ótimo que a Lia tenha mantido, até por que não consigo pensar num nome equivalente. E eu diria que a Hermione da Jo é tão nobre quanto a de Shakespeare. “Gina” de “Ginny” foi ótimo, por que não vemos “Ginny”s brasileiras, mas temos algumas “Gina”s.

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  52. Alguns nomes não tem uma tradução no Brasil – como Molly, que muitos fãs talvez tenham ouvido de filmes americanos antes de ler HP, ou Arthur, que é Arthur mesmo. Outros foram deixados de forma inegavelmente inglesa – Dumbledore, McGonagall, Brown, Black, Flitwick, Sprout, Longbottom, Parkinson... ah” Claro, e Hogwarts. E nos habituamos com eles.

    Por outro lado não há como fugir dos erros de alguns personagens, que ora são traduzidos e ora mantidos no original, como os tão mencionados Quim/Kingsley e Katie/Cátia. Detesto esses errinhos, mas que num sentido geral apenas são captados por fãs. Talvez isso possa ser revido numa edição futura da série e esses probleminhas sanados.

    Também fico chateada com alguns detalhes, como o “chapou-he” um beijo na boca... quando acho muito mais lindo “e o beijou em cheio na boca”... e a sonoridade entre “Kreacher” e “criatura”, mas gosto de “Monstro”. Fiquei muito chateada que no finalzinho do livro três, na carta que Sirius manda a Harry por Pichitinho, foi cortada da tradução o trecho em que Sirius diz que retirou o dinheiro pra comprar a vassoura de seu cofre, e cita o número do cofre, a saber 711. É chato quando uma piada não pode ser mantida tão legal quanto a original – os apelidos maldosos que Draco inventa pra Harry e Rony nunca ficam tão convincentes nas traduções, por exemplo, e é uma pena perder a piada do “ear, ear” que Jorge faz logo após perder sua orelha – mas essa piada simplesmente é impossível de traduzir!

    O que verdadeiramente me irrita são quando coisas realmente importantes são deixadas de fora. Os erros mais graves, em meu ponto de vista, são: em primeiro lugar a fala de Aragogue em “Câmara Secreta”, que explica que o corpo de uma menina foi encontrado no banheiro – que é crucial pro Harry, no finalzinho do mesmo capítulo, acordar o Rony e dizer “e se ela nunca mais saiu do banheiro?” e Rony diz “Murta-que-geme” (ou algo assim). E o segundo erro grave que achei foi em Relíquias da Morte, quando Harry e Hermione leêm a inscrição nas lápides de Tiago e Lílian, Harry diz que a inscrição parece a idéia de dementadores, mas no original está Death Eaters, isto é, Comensais da Morte – o erro persiste quando Hermione diz que não é “vencer a morte como querem os dementadores”... esse erro me parece grave pois dementadores são criaturas não-pensantes, eles não tem livre-arbítrio, são o que fizeram deles, criadores do caos, esgotam toda alegria... os Comensais da Morte sim tem idéias e ideias de conquistar o mundo, de vencer a morte e seguir Voldemort, inclusive seu ideal está no próprio nome – Comensais da Morte, aqueles que comem a morte, que a subjulgam de certa forma.

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  53. Eu simplesmente amo quando Rony diz “I love you” pra Hermione no sexto livro, e me decepcionei com o “adoro você”, embora não esteja errado, eu queria o “eu te amo” que seria uma tradução mais literal e que caberia para os brasileiros da mesma forma. A maioria dos erros está no primeiro livro com certeza, com os personagens se chamando pelo primeiro nome, como aqui no Brasil, e a partir do segundo livro começam a se chamar pelos sobrenomes. Eu estava acostumada com Professora Minerva e Rubeo pra lá e pra cá e tive que me habituar com Professora McGonagall e Hagrid. Além daquele Drago do primeiro livro; e Pansy se torna Violeta, pra depois voltar a ser Pansy... fora vários errinhos detectáveis para os fãs assiduos, como a arquibancada da Corvinal berrar pra Cedrico na tarefa do lago, sendo que Cedrico é da Lufa-lufa... e coisas assim...

    Mas, no geral, todos são passívesi de erros, e os acertos da Lia são bem maiores do que seus erros, mas como já foi dito, os erros se tornam mais evidentes – em todos os lugares, não epenas em uma tradução. Eu, particularmente, adoro o termo “Bichento”, que lembra “Bichano” que os brasileiros usam pra designar gatos, e “Quadribol” é fantástico, pois lebra “quatro bolas” e o próprio termo em inglês, “Quidditch”... sem contar em tudo que a coluna menciona, como o nome das casas, dos marotos... sem contar que a Lia se esmeirou nas traduções de “Ainimais Fantásticos e onde habitam” e “Quadribol através dos séculos” devido a quantidade de termos maravilhosamente bem adaptados, e que ela utilizou sabiamente nos três livros de HP que se seguiram depois desses dois livrinhos (Ordem, Enigma e Relíquias). Enfim, posso listar diversos termos... a tradução da Lia não é impecavelmente perfeita, mas é muito boa. Pode sim ser melhorada, talvez numa revisão com a ajuda de fãs, mas de qualquer forma merece respeito a cima de tudo.

    Beijos!!

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  54. Cada vez percebo mais o quanto Lia tem que nos aguentar e o quanto isso deve ser extremamente chato UHASHUSA

    Mas bom, acho que, como várias pessoas já disseram, só vou repetir, porque acho que difícilmente as pessoas tem entendido esse ponto: ninguém acerta todas as vezes ou erra todas as vezes. O fato é: Lia traduziu HP com genialidade. Discutir a genialidade? É mero detalhe.
    Mas que a tradução de Lia em certos termos, no ato de ter de pensar bastante e mudar coisas que, para os fãs podem ter sido besteira, mas pra ela pode ter grande importância vendo por pontos diferentes dos nossos, de fãs somente (sim, porque um tradutor tem que levar em conta, além do seu público leitor, as regras da editora e o pensamento do escritor). Sendo assim, considero que Lia pegou um "bicho de sete cabeças" (porque realmente, provavelmente nenhum outro tradutor iria pensar dessa forma para traduzir, querendo manter cada vez mais o sentido e o significado, mostrando aí uma grande paixão pela série e pelos fãs) e transformou em uma série bastante simples para uma criança entender e complicado o bastante para ela adquirir cultura e uma boa noção da língua portuguesa.
    Afinal, eu aposto que se um outro tradutor, não tão bom quanto Lia, pegasse um livro com termos "inventados", como Quadribol e vários feitiços, não se daria ao trabalho de pensar da forma como ela pensou.

    Não sei, gosto muito da tradução da Lia. Espero um dia poder chegar ao lugar que ela chegou: traduzindo uma série de sucesso e fazendo tantas crianças felizes por poderem ter em suas mãos livros na sua língua, para aprenderem e se encantarem com uma boa história.

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  55. Fiquei muito feliz com a disposição da Lia em explicar todos esses casos. As perguntas enviadas foram muito boas. Realmente a coluna rendeu muito!

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  56. Meu Deus, haja tempo para ler tantos comentários imensos quanto esses, bom ver tanto interesse em expressar opniões - me lembrou os velhos tempos de Potterish -, a quanto tempo não via comentários-textos da Praty *-*.

    "Agora, sobre a Lia demonstrar uma postura arrogante, acho engraçado isso vir de um comentarista que usou um tom tão pejorativo nos seus comentários que, de uma discussão saudável, transformou o tópico em uma luta por suas próprias opiniões. Qualquer um pode ser receptivo a comentários e críticas construtivas, mas todos recebemos mal uma crítica em tom depreciativo e/ou pejorativo. A Lia provavelmente, depois de todos esses anos, deve estar de certa forma numa posição defensiva depois de tanto ser atacada por um bando de pirralhos que não tem nem metade da experiência dela! E ainda assim, é atenciosa e simpática demais - propondo-se a responder a cada comentarista"
    - Concordo plena e irrevogávelmente com cada palavra citada.

    Fico satisfeito com a tradução que Lia nos ofereceu,"Tia Jô " e Lia Wyler me deu o prazer da leitura, se não fosse por elas eu não teria conhecido muitos dos comentaristas à cima.

    Talvez eu não discorde da tradução de Lia por não conhecer os termos originais, mas pra que me preocupar com os origiais sendo que temos nossos próprios termos? Sempre tem aquela coisa de que " a grama do vizinho é sempre mais verde", ninguém nunca ta satisfeito com o que tem.

    "Devo confessar que a ideia do Pau da Morte na posse do Senhor das Trevas é demasiado assustadora"
    - Morri Lep kkkkkkkkkkkkkkk

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  57. Este comentário foi removido pelo autor.

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  58. Eu sempre admirei a Lia Wyler como tradutora e, cada vez que leio as explicações dela sobre as traduções em HP, respeito mais ainda. Algumas pessoas confundem adaptação com tradução literal. Se fosse assim, qualquer pessoa com inglês fluente e um dicionário na mão seria capaz de fazer o mesmo trabalho. Pra que fazer faculdades de Letras e outras tantas especializações se fosse o caso? A Lia não é simplesmente uma conhecedora da língua inglesa, ela também tem amplo conhecimento da cultura dessa língua e da cultura de língua portuguesa pra tornar possível a transposição de uma pra outra.

    Adorei o texto e as respostas da Lia.

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  59. Minha única implicância com ela é o erro bizarro, crasso e sem explicação do segundo livro, onde simplesmente FALTA o parágrafo essencial para toda a dedução do mistério. Reli aquele capítulo várias vezes até ter que reconhecer que a informação estava faltando. O do Jerry é erro de digitação, crasso, sim, mas nada de mais.
    Mas reconheço, ela acerta mais no prego no que na tábua. Quadribol, Sonserina, Trouxa, Lufa-Lufa, entre outros, fazem a balança pesar pro lado dela.

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  60. Olá, no caso de James Potter, a tradução da Lia foi baseada na tradução do nome bíblico "James" que, na Bíblia em Português, está como "Tiago".

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  61. Ok só eu achei engraçado Jerry?

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  62. Este comentário foi removido pelo autor.

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  63. Tá na cara que a Editora ficou com medo de que "Mestiço" poderia dar uma conotação racista ao título. Fazer o que, num país onde estão censurando até Monteiro Lobato nas escolas? Não vejo desprezo à língua portuguesa nos comentários, desprezo à língua portuguesa é não ter a coragem de usar os termos certos por medo do "politicamente correto"(invenção de mentes tacanhas; artistas criam, idiotas censuram).

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  64. É de conhecimento geral da nação que o único motivo pelo qual a autora escolheu o título ENIGMA DO PRÍNCIPE, é porque na época que o livro foi lançado em inglês, surgiram na internet diversas traduções amadoras (muitas delas de excelente qualidade) e em todas elas havia a tradução óbvia PRINCIPE MESTIÇO. Essas traduções se tornaram muito populares e incomodaram a autora que chegou a dar entrevistas dizendo que as traduções não eram profissionais o bastante. Como vingança e de forma a provar seu argumento ela, mostrando como é mesquinha, inventou essa palhaçada de ENIGMA. Detalhe, o capitulo do livro que se chama Half-blood prince, foi traduzido como Principe Mestiço. Lia Wyler é uma tradutora que quer ser popstar. Nada mais do que isso.

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  65. Sinceramente acho um erro gigantesco traduzir nomes, "aportuguesar" é uma das coisas mais grotescas que um tradutor pode fazer!!!!

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